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Os filhos da anarquia

O oceano cobre cerca de 70% da superfície da terra e contém mais de 90% da biomassa de organismos do planeta. é o principal regulador do clima, com mais de 50% do o2 produzido por plantas aquáticas. além do mais, atualmente, mais de metade da população mundial vive a menos de 60km da costa e cerca de 100milhões apenas nem a 1 metro acima do nível do mar.
Em ambos os hemisférios, os pólos, à primeira vista, parecem-se imensamente longe. no entanto, Eles são os grandes sistemas de refrigeração do planeta e hoje, estão a diminuir brutalmente os seus vastos lençóis brancos de gelo, perdendo assim também a capacidade de refletir a luz solar de volta para o espaço. consequentemente, mais luz solar é absorvida pelo agora oceano escuro, transformando as suas propriedades bioquímicas, aquecendo as águas e alterando as correntes oceânicas, colocando em risco uma enorme variedade de espécies migratórias, que contam com o curso gelo-degelo nos ceus ciclos de vida.
À medida que as temperaturas aumentam, os efeitos do aquecimento global tornar-se-ão mais evidentes: o ciclo da água altera-se, os padrões de precipitação mudam, a incidência de cheias e secas ganha maior amplitude e as tempestades ficam mais intensas, regulares e imprevisivéis. Segundo uma estimativa da onu, em meados deste século haverá mais de 150milhões de refugiados climáticos, arrastando com eles a privação, o desespero, a violência e os riscos de doença a par da crescente incerteza alimentar.
Enquanto continuarmos a ver a natureza como propriedade, que pode ser comprada, vendida, trocada, destruída, minada e reajustada, iremos assistir às manifestações da própria natureza a reclamar, também ela a sua própria propriedade.
Se antes, construíamos muralhas para desencorajar inimigos, hoje repelem a nossa maior aliança: a Natureza
O percurso climático adiante resume-se a 3 opções básicas: podemos não fazer nada e sofrer as consequências; podemos adaptar-nos à medida que as mudanças se desenrolam; ou podemos agir agora para mitigar ou limitar os danos. e estas opções estão entre si conectadas: quanto mais mitigarmos, menos teremos de nos adaptar: quanto mais mitigarmos e nos adaptarmos, menos teremos de sofrer.
Temos e devemos restaurar a paixão que inquietou a curiosidade, a aventura e a lembrança à boleia das ondas, antes que só nos reste um tempo sem luz e triste como nos recorda Fernando Pessoa na parte decadente da obra Mensagem: "Tudo é incerto e derradeiro. / tudo é disperso, nada é inteiro./ Ó Portugal, hoje és nevoeiro..."





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